sábado, 26 de maio de 2012

A metade doce da laranja


Era uma aventura e que poderia se intitular  "A Busca da bola perdida" ou "É matar ou morrer".
Um clima de tensão pairava sobre Hamburgo.
Não pelas ameaças pouco esclarecidas de que os resultados nos amistosos indicariam o caminho que Mano seguiria; dentro ou fora da seleção.
A comissão técnica não acreditava muito nas bravatas presidenciais que se espalharam na última semana. Só que Mano e todos os envolvidos na seleção demonstraram desde sempre aqui na Alemanha que o time, finalmente, precisava demonstrar algo de diferente e melhor para evitar que as críticas provocassem uma crise maior.
Pelo que se viu no treino de ontem, parecia que Mano não conseguiria.
Uma delegação com menos 4. Meia hora apenas de treinamento tático.
Preocupante. Mas, como Mano Menezes gosta de dizer, o futebol é surpreendente e a Seleção surpreendeu hoje.
Jogou de uma forma nova. Marcando a saída de bola dos dinamarqueses, roubando bolas antes do meio-campo. Os adversários ficaram realmente surpresos e quando despertaram já perdiam por 3x0.
Aliás, o terceiro gol foi um exemplo bem acabado desse novo jeito. Oscar roubou a bola e lançou para Hulk fazer um belo gol.
No segundo tempo não foi mais assim. A Seleção voltou a atuar de forma lenta, marcando atrás da metade do campo, deixou espaços e permitiu que a Dinamarca dominasse a partida.
O lado esquerdo do Brasil marcou mal, de forma displicente.
O time parecia cansado. tomou um gol e pouco produziu.
Venceu por 3x1.
Valeu muito pelo primeiro tempo.
Oscar e Thiago Silva foram os maiores destaques. Juan, outro estreante da tarde alemã, também foi bem.
A primeira parte do jogo foi animadora na preparação olímpica.
Agora, é preciso alcançar o equilíbrio e jogar bem por mais tempo.

sábado, 14 de abril de 2012

O centenário e o futebol arte

O garoto foi chamado de Gasolina.
Ágil, habilidoso, artilheiro, decisivo.
E todas essas qualidades se tornaram combustível para moldar a equipe que simbolizou melhor do que qualquer outra e por mais tempo a marca brasileira do Futebol Arte.
Gasolina era Pelé.
E a equipe, o Santos.
Cada brasileiro tem seu time do coração, seus ídolos, glórias...
A paixão pelo futebol faz parte do DNA de quem nasce por aqui.
Mas é inegável que o Santos aparece como uma síntese de tantas qualidades que gostamos de propagar aos quatro ventos quando nos referimos ao nosso futebol.
O Santos rodou o mundo várias vezes, parou guerras, emocionou milhões.
Sua torcida não é a maior, a mais animada. só que, por muito tempo deve ter sido a mais invejada.
O Santos é de Pelé, assim como o Brasil é de Pelé.
E não dá pra ser clubista e bairrista e não reverenciar o time que apresentou ao mundo o filho do seu Dondinho, o maior jogador de futebol de todos os tempos.
Pelé, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pepé, Zito, Edu...
A lista é grande, assim como a coleção de conquistas.
Foram mais de 10 anos de inúmeras vitórias, de títulos mundiais contra Benfica e Milan.
Hoje, o Santos festeja o centenário com Neymar.
Um ídolo para a garotada, um jogador também genial.
Ainda é cedo e talvez nunca chegue o dia em que se possa dizer que o raio caiu 2 vezes na Vila Belmiro.
Mas Neymar, pelo menos, imita Pelé na vontade de permanecer no Santos.
E esse é o maior presente que a torcida santista poderia ganhar.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Só uma noite de Flamengo


O Flamengo hoje foi......
Flamengo. Simples assim. Entrou em campo para jogar como deve jogar um time que veste a camisa rubro-negra.
Foi brilhante? Nem de longe.
A exibição foi sensacional? Nem de longe.
Mas os jogadores conseguiram demonstrar a força e o empenho que a torcida espera de qualquer um que deseje ser jogador do Flamengo
Até o craque que resolveu ser gauche na vida e se esconde atrás da fama de outros tempos jogou como deve jogar um rubro-negro.
Esqueceu os malabarismos por alguns instantes e foi decisivo como deve ser um jogador com o histórico e o holerite dele.
O Flamengo, mesmo mal escalado por Joel, corrigiu os problemas em campo. entrou perdido no meio-campo, mas se superou. Deivid ajudou, Botinelli foi bem.
O Flamengo venceu hoje, mas não conseguiu a proeza de apagar os erros do passado.
E o destino foi cruel demais. Aguardou os acréscimos paraguaios para decretar:
O Flamengo tem que pagar pelo que não fez em 5 rodadas.
Só para se ter uma ideia;  se o Flamengo tivesse sido Flamengo até o fim do jogo contra o Olímpia no Engenhão, além de classificado, provavelmente, seria o primeiro colocado do grupo.
Não deu.
O Flamengo resolveu ser Flamengo só hoje.
Muito pouco para os que sonhavam com o título da Libertadores. Vagner Love, a exceção em um grupo que tratou a Libertadores como um torneio do Aterro, chorou as lágrimas da torcida.

O time do Flamengo precisa espelhar em campo o orgulho que a torcida carrega em ser Flamengo todo o dia e não apenas numa noite de quinta-feira.



sexta-feira, 6 de abril de 2012

A cronologia da tragédia


Tic-tac, derrota.
Tic-tac, problema.
Tic-tac, balada.
O relógio do Flamengo ainda não despertou em 2012.
As horas passaram sem providências que pudessem solucionar o caos que tomou conta do futebol.
Uma rápida olhada pelos dias deste ano mostram como se permitiu que tudo acabasse do jeito que se anuncia. Com vexame na Libertadores e revolta da torcida.
Peço, inclusive, licença, para relembrar aqui alguns momentos que deixei gravados aqui no blog e que mostram essa sucessão de erros.
Começou logo no início da pré-temporada, quando jogadores e dirigentes bateram boca sobre atrasos de pagamentos.
Calados e falantes
Teve o caso ridículo envolvendo a permanência de Thiago Neves. O Flamengo foi passado pra trás pelo Fluminense. Não desistiu quando deveria. Perdeu o jogador e ficou dando depoimentos magoados.
A bagunça não acaba
A crise entre R10 e Luxemburgo. A demissão do técnica anunciada aos jogadores antes da partida contra o Potosi pela pré-Libertadores
O cheiro de tragédia na bagunça rubro-negra
O dia seguinte da derrota para o Olímpia, quando a questão não estava nas chances de classificação, mas em como confirmá-las com o futebol medíocre que tem apresentado
Acorda, Flamengo
Em todos esses instantes, a direção do clube falhou em conter os problemas, em acertar as contas, em administrar um grupo que vê o seu principal jogador viver vida de morcego. Noites em claro, faltas a treinos, desempenho ridículo em campo.
Agora, começam a falar de mandar R10 embora; de mandar Joel Santana embora. Nada é oficial. A diretoria do clube segue em silêncio. Exceto o vice de futebol que ainda deve estar de cabeça quente.
Serão novos erros, novos prejuízos, novos problemas para o clube. Mas será que esses 2 ainda têm condição de seguirem no clube?
Se olharmos mais cuidadosamente para toda a gestão Patrícia Amorim, a situação é ainda mais crítica.
O Flamengo nunca recebeu tanto dinheiro de direitos de TV. Contratou nesses quase 3 anos, jogadores como R10, Wagner Love, Thiago Neves, pra citar os mais famosos, e só conquistou um título estadual.
Conseguiu afastar Zico do clube. Patrícia não defendeu como deveria o maior ídolo da história rubro-negra, um personagem especial, ídolo até de quem não teve a chance de vê-lo jogar.
São erros demais e o pagamento não está sendo parcelado.
Amanhã, tem clássico contra o Vasco e um olhar sobre o rival mostra como algo anda muito errado na Gávea.
O Vasco tem dívidas com os jogadores, perdeu uma final para o Fluminense de forma inexplicável, tem um time repleto de veteranos - alguns até já manifestaram o mal-estar com o banco - e mesmo assim segue num padrão de jogo bem mais alto do que o do Flamengo.
O Vasco tem problemas, mas não deixa que virem crises.
O Flamengo vive em crise por não tratar direito os seus problemas.
O momento de tomar providências sérias já passou há muito tempo. A presidente do Flamengo tem que tomar as rédeas da admnistração do futebol rubro-negro. É hora de trabalho. Acabou o momento de delegar a quem não entende do riscado.
O Flamengo agoniza, a torcida está a ponto de fazer uma bobagem com os jogadores.
Não dá pra mais pra se esconder e esperar que tudo se resolva.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

A mãe de todas as derrotas


A torcida do Flamengo deve se perguntar neste momento quem é o responsável pela sucessão de micos que o time vem pagando neste ano.
O clube foi passado pra trás na negociação de Thiago Neves, tem jogadores que vivem metidos na noite, passou 6 meses brigando com a Traffic e agora chega ao fim da primeira fase da Libertadores praticamente desclassificado.
Vai precisar de um milagre para seguir na competição mais importante da temporada. O ano rubro-negro foi pro saco.
R10 já deu várias mostras de que não demonstra o empenho esperado.
Joel Santana, tão pedido por parte da torcida, escala mal, substitui pior ainda e fica fazendo careta e média com os jornalistas.
Os jogadores cansam sempre no segundo tempo das partidas, não conseguem manter o ritmo. Estão claramente mal treinados.
O Flamengo está sem liderança, sem cobrança e sem resultado.
A Diretoria, liderada pela presidente Patrícia Amorim, não comanda. Vive em meio a brigas internas por poder. O caso Vanderlei Luxemburgo é o exemplo mais claro dos desmandos e da falta de competência desse pessoal. Avisaram aos jogadores da demissão antes do jogo contra o Potosi. Carimbaram a malandragem e a falta de comando.
Nem o empenho e o bom futebol de Vagner Love salvam.
O Flamengo em 2012 é um poço de confusões. um local que premia  o descompromisso.
Ronaldinho falta a um treino por semana.
Como isso reflete no resto do elenco?
Cadê Joel Santana e a diretoria para cobrarem profissionalismo dele?
Patrícia Amorim se ampara nas reformas que fez na Gávea. Deu um banho de loja necessário no Flamengo, tem o apoio da maioria dos associados, mas sua administração no futebol namora o descaso.
Assinou o maior contrato de TV da história do clube. Recebe uma senhora grana e gasta mal.
Não consegue botar ordem na casa. O departamento de Marketin não consegue convencer uma empresa a patrocinar o clube com maior torcida no país
Patrícia vai entrar para a história como uma presidente fraca, sem poder de domar as feras que disputam o poder no clube.
Quer sair bem com todo o mundo, mas até o momento só conseguiu aborrecer 33 milhões de brasileiros.








terça-feira, 3 de abril de 2012

Incrìvel: o Barcelona venceu



O Barcelona virou uma espécie de musa inatingível. Desperta paixões e ódios.
Hoje, ganhou do Milan com pênaltis contestados e cobranças de Messi.
Os milanistas e aqueles que querem ver o time catalão por baixo, mais perto do mundo real do futebol, fizeram o coro de roubo.
Os barcelonistas espalhados pelo mundo - muitos deles na imprensa brasileira - gritaram oba e fizeram reverência por mais uma vitória.
Pra começar, acho que os pênaltis existiram. Os jogadores que os cometeram foram de uma idiotice ímpar. No primeiro, um carrinho totalmente desnecessário e que deslocou o pé de apoio de Messi.
No segundo pênalti, o incauto Nesta passou duas horas agarrando o adversário, com a bola em movimento, ao lado do árbitro. Na linguagem popular, um completo Zé Mané.
O Barcelona venceu e bem. Não deu o passeio que os enamorados pelo clube prenunciavam.
Mas os números mostram como foi superior ao Milan.
E não falo nem da posse de bola, a tão propalada posse de bola catalã. 58%.
Nesse quesito, já viveu dias melhores.
Arremates foram 19 do Barcelona e apenas 3 do Milan.
Um senhor poder ofensivo que começa com uma marcação bem postada. Foram 61 bolas roubadas contra 47 dos milanistas.
Os números não mentem. São frios, não têm a malícia dos dribles de Messi.
Mas ajudam a explicar porque não dá pra chorar pênaltis não marcados e outros chororôs comuns no futebol.
O Barcelona dominou o jogo e o Milan fez o que pôde.
Os italianos têm um bom time e só. Boateng é um jogador mais ou menos. Tanto que o astro do meio campo ainda é o incansável Seedorf, 36 anos.
Tem Ibrahimovic, mas tem o inexplicável Pato tb.
Robinho não faz a diferença que se esperava que ele fizesse
Não teve Thiago Silva hoje e foi punido por essa ausência. É só olhar os desastrados pênaltis.
O Barcelona segue no caminho, impávido colosso segundo os fãs.
E não dá pra negar. Sobrou hoje e tem sobrado na Champions.

Vejam as estatísitcas completas do jogo:
Barcelona 3x1 Milan






quinta-feira, 29 de março de 2012

Acorda, Flamengo


A maior preocupação do Flamengo na Libertadores não está na tabela de classificação.
A posição poderia ser melhor, mas as chances de classificação são grandes. Basta não perder para o Emelec que vai pra última rodada contra o Lanus dependendo só do seu resultado, independente do que aconteça entre o time argentino e o Olímpia na semana que vem.
Em caso de derrota para os equatorianos e empate entre Lanus e Olímpia, o Flamengo vai pra última rodada precisando vencer e ainda decidir a vaga no saldo de gols.
O problema do Flamengo está mesmo é na qualidade do que tem mostrado em campo.
Exceção para Wagner Love, o principal jogador da equipe atualmente.
A defesa já deu várias pixotadas. Ontem, contra o Olímpia, Marcos Gonzalez, inseguro, errou o que podia e o que não podia. Ao lado dele, jogam os sempre temerários David Braz e Wellinton.
No meio-campo, o Flamengo tem 2 pérolas. Muralha e Luiz Antônio são bons volantes, com passe razoável, rápidos. Mas o time tem deixado muito espaço para os adversário tocarem bola na intermediária. E isso não é questão de talento, mas de posicionamento. Eles estão mal-colocados em campo e passam o jogo correndo atrás dos adversários.
Júnior César não ataca e ainda deixa espaços na defesa.
Leonardo Moura voltou há pouco de lesão. Ainda não é o mesmo que estava voando no início da temporada. Vai precisar de tempo.
Botinelli, o armador, não arma nada e muitas vezes é visto jogando na ponta direita. Não é a dele. Ontem, errou quase todos os lances. Acertou aquele chutaço. Aliás, exatamente quando recebeu a bola na intermediária de ataque e de frente para o gol.
Ronaldinho Gaúcho dispensa novos comentários. Ele joga 90 minutos em busca dos 30 segundos em que faz a diferença. Funciona quando o Flamengo ganha de 1x0. Mas em jogos complicados, 30 segundos brilhantes não fazem verão. E o principal erro dele é querer brilhar a cada toque. Nunca é um passe normal, que faz a bola girar, que começa a movimentar o ataque do Flamengo e a marcação adversária. É uma invenção que, em 89 minutos não funciona.  Foi assim no início da jogada do primeiro gol do Olímpia.  R10 tentou um passe longo, no meio da defesa, totalmente desnecessário. O Olímpia recuperou a bola, Orteman chutou, Felipe rebateu e na sequência vieram a falta e o gol dos paraguaios.
Em resumo, o Flamengo está mal escalado e posicionado. Não está funcionando. Depende do empenho e talento de Wagner Love. Joel precisa trabalhar melhor o time e escalar melhor.
Wagner Love precisa de um outro atacante ao lado. Não é ronaldinho, não é Botinelli. De preferência, alguém com velocidade.
R10 e Botinelli têm que jogar no meio-campo, recebendo a bola de frente e facilitando o jogo dos atacantes.
A marcação do Flamengo precisa ser revista pra que a boa dupla Muralha e Luiz Antônio não passe o jogo inteiro correndo atrás de adversários, cansando mais do que o necessário. O que obriga que Botinelli. R10 e o segundo atacante ajudem a fechar os espaços.
A maioria dos jogadores tem qualidade, mas não está conseguindo mostrar. Alguns por culpa própria, mas outros estão sofrendo para cumprir as determinações táticas do comandante. O Flamengo precisa acordar e papai Joel também.



terça-feira, 27 de março de 2012

A Hora de Kaká

17 minutos do segundo tempo.
O jogo entre o poderoso Real Madrid e o Apoel, espécie de Madureira do mediterrâneo, seguia para um modorrento 0x0, capaz de transformar os esforçados jogadores do time cipriota em herois nacionais.
O Real não conseguia dar prática à teoria de franco favorito.
Criou alguns lances bons, perdeu alguns gols imperdíveis, mas tinha dificuldade de furar a retranca adversária.
Jogava com 3 atacantes e 1 meia, o alemão Ozil que parece ter deixado o futebol dele escondido em algum bunker.
Não está jogando nada há algum tempo.
Eis, então, que entram os brasileiros Kaká e Marcelo. Não foram brilhantes, mas deram  mobilidade ao ataque do time espanhol e decidiram o jogo. Pelo lado esquerdo,  foram fundamentais para a vitória. Os 2 tabelaram antes de Kaká cruzar na cabeça de Benzema no primeiro gol.
Marcelo disparou pela esquerda e cruzou para Kaká fazer o segundo.
O esforço do Apoel foi por terra. Real 3x0 e a classificação para as semifinais da Champions está decidida. Pode até cancelar a partida de Madrid
Sobre Kaká, vale dizer ainda o seguinte:
Ele, finalmente, parece recuperado da série de lesões que o atrapalharam desde 2010.
Ainda não é o meia brilhante de outros tempos, mas já demonstra a velocidade de outros tempos e a capacidade de armar jogadas e decidir. Está no caminho certo. Já deveria ser titular do meio campo do Real e merece ser chamado para a Seleção Brasileira.
Mano Menezes tem apostado em Ronaldinho Gaúcho. Discursa sobre o momento de manter a base. A tese é correta, mas para ser usada na defesa de outros. Não do R10.
Kaká faz jus à chance e o Brasil precisa muito ter em campo meias com a capacidade dele e de Paulo Henrique Ganso.
Já passou da hora de Kaká voltar




quinta-feira, 22 de março de 2012

A cavadinha e os lamentáveis


Por quê o futebol se leva tão a sério?
É claro que o jogo é pra valer, os jogadores vivem do futebol, que seriedade é importante para o sucesso de qualquer um, em qualquer área.
Mas tá bom por aí.
A reação dos jogadores do Botafogo depois do pênalti com cavadinha(ou seria cagadinha?) do Léo Rocha, do Treze da Paraíba, beirou o rídículo.
Maior do que a falta total de habilidade do batedor em questão. Um mico do pobre jogador e um orangotango do time alvinegro do Rio.
Que o Jefferson dissesse: " Aqui não, meu irmão", tudo bem. Pegou o pênalti, gozou o adversário, ganhou a classificação.
Mas os outros ficaram xingando o Leo Rocha e mereciam um estudo psicológico.
Pra que tanta agressividade?
Já vimos briga por causa de embaixadinha, por causa de drible considerado humilhante...
É ridículo. O futebol precisa dessas ações...
São elas que ajudam a empolgar a torcida .
O técnico italiano Arrigo Sacchi já disse que O futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes da vida."
O nobre e popular esporte bretão é entretenimento, precisa ser lúdico, inventivo, cativante.
E não vai ser com uma porção de botinudos mal-humorados dispostos a regular até o que o adversário faz em campo.
Os alvinegros, inclusive, devem ter esquecido que o Loco Abreu é habituê nas cavadinhas.
Cavadinha na meta dos outros é refresco, né!
Aliás, a cavadinha mal dada rendeu o fim da passagem de Léo Rocha pelo Treze da Paraíba.
Lá puniram a incompetência dele.
Os botafoguenses de maus bofes se classificaram numa noite em que sofreram para vencer um time que está na quarta divisão do futebol brasileiro. E talvez essa tenha sido a razão principal para o desabafo no Engenhão.





quarta-feira, 21 de março de 2012

Neymar the World II



O jovem mais valioso do futebol mundial.
Esse é o novo título atribuído a Neymar. A pesquisa foi feita pelo site português Futebolfinance que cuida de medir e perseguir o dinheiro que corre no mundo da bola.
Para a pesquisa, o estiloso brasileiro vale entre 30 e 50 milhões de euros.
A relação tem 30 nomes e outros 3 brasileiros. Douglas Costa, do Shaktar, Danilo, do Porto, e Lucas, do São Paulo, que aparece na trigésima posição.
o espanhol Thiago Alcântara, filho de Mazinho e astro ascendente no Barcelona, tambem está na lista.
A pesquisa em si não é algo assim tão apurado e que possa servir como um guia da valorização dos jogadores de futebol.
Mas a escolha de Neymar como número 1 é mais uma prova de como o atacante santistas consegue quebrar paradigmas no mundo do futebol.
Eleições feitas por europeus que apontam jogadores que atuam fora do continente são raríssimas e Neymar tem sempre aparecido nelas.
Como já escrevi, o mundo mudou, globalização, redes sociais, you tube, enfim, há ferramentas que aproximam continentes, mas o sucesso de Neymar é mais do que isso.
Aliás, é mais do que o talento que ele desfila em campo.
Neymar é um personagem especial: craque, bom filho, pai cuidadoso, um bom rapaz que curte a vida sem se esquecer das obrigações.
Neymar vende uma imagem bem diferente de outros jogadores do futebol brasileiro.
Tem prazer em jogar tanto quanto tem em se divertir.
E a mistura bem feita de alegria, juventude, talento e comprometimento espalhada pelo mundo talvez seja a verdadeira razão para a adoração que o planeta nutre pelo jovem craque brasileiro.

Vejam o link com a pesquisa do futebolfinance:
Os jovens mais valiosos do mundo


Confiram também o post Neymar the World

quarta-feira, 14 de março de 2012

Elementar ou não. Eis a questão



São 52 nomes e algumas dicas sobre quais serão os 18 olímpicos do futebol brasileiro em Londres.  As manchetes ressaltam a presença de Ronaldinho Gaúcho, a ausência de Kaká. Enfim, a discussão é mesmo sobre os 3 jogadores acima de 23 anos que estarão nos jogos.
Ronaldinho está na relação, mas não creio que as chances dele sejam muito grandes no momento.
E para isso, basta procurar pistas deixadas por Mano Menezes.
São 6 goleiros. Metade deles com idade superior a 23 anos.
São 9 zagueiros. 4 deles acima de 23 anos e um com vaga garantida: Thiago Silva
São 7 volantes, 3 acima de 23 anos também.
Nessas 3 posições se concentram 10 dos 15 pré-convocados acima da idade olímpica. Talvez porque aí estejam as principais deficiências e necessidades para a formação de um time forte em Londres.
Isso sem falar que Adriano, do Barcelona, é forte candidato a uma vaga já que joga nas duas laterais e permitiria que o técnico levasse 3 laterais.
Ronaldinho Gaúcho tem sido convocado como meia e nesse setor há ótimos valores abaixo dos 23 anos.
Ganso, Lucas, Giuliano, Oscar e Philippe Coutinho podem atender muito bem às necessidades.
No ataque, local para o qual Mano não testou R10, há Neymar, Alexandre Pato, Leandro Damião e também Lucas.
Enfim, Mano Menezes mandou uma lista com os jogadores que ele e Ney Franco têm chamado para as seleções principal e de base.
Há surpresas, como o tricolor Wellington Nem que chegou tarde, mas que poderia ser testado num amistoso. Foi bem no Brasileiro do ano passado pelo Figueirense e mantém o nível neste início de ano no Fluminense . .
Os sherlocks já empunham as lupas para começar a fuçar outras pistas deixadas pelo treinador.
Ainda é cedo pra cravar os nomes, mas já há um horizonte para se olhar.




segunda-feira, 12 de março de 2012

Rugido perigoso


O técnico Emerson Leão nutre uma forma bem peculiar de se relacionar com os astros dos times que dirige. Especialmente, quando são jovens.
Leão gosta de cutucar o craque com o rugido da cobrança pública.
Lucas prova, agora, o que outros já vivenciaram.
É acusado de ser excessivamente individualista.
É acusado de prender a bola demais.
É acusado de errar quando dribla e errar quando não dribla.
De acordo com as últimas declarações de Leão, Lucas erra e pronto.
E Lucas responde, pelo twitter, que não sabe mais o que fazer.
O empresário diz que Leão tem que se acostumar a dirigir Ferrari.
Enfim, o mau estar se formou e Leão é experiente na construção desse tipo de situação.
Desde os anos 80, quando fez tantas críticas que Neto trocou Palmeiras por Corinthians.
Robinho, um dos personagens principais da melhor fase da carreira de Leão, foi acusado pelo treinador de não se cuidar fisicamente durante a Libertadores de 2003.
No Corinthians, em 2006, Leão afirmou que não gostava de argentinos, quando os astros do timão eram Tevez e Mascherano.
Exemplos de problemas são muitos.
Leão é o técnico com mais tempo de estrada, considerando os principais clubes do país. Começou em 1986. Já são 25 anos de carreira, com muitas chances em grandes times e resultados bem modestos. Leão ganhou pouco, rugiu muito.
Na seleção, teve resultados pífios e acabou demitido depois do fracasso na Copa das Confederações de 2001.
Leão gosta de falar, reclamar, expor atletas.
Para os jornalistas é gerador de notícias.
Mas sua personalidade, com certeza, não é muito bem recebida nos corredores por onde passam jogadores.
Os dirigentes deveriam levar esse jeito dele em consideração antes de contratá-lo. Afinal, se Lucas repetir o que fez Neto, o São Paulo vai ficar sem seu craque e aí Leão poderá rugir no deserto a vontade.
E nem adianta alegar multa alta e outras armas. Jogador quando quer sair e tem proposta, é quase impossível segurar.



A guerra pelo trono


Alguns já começaram:
Ruim com ele, pior sem...
A saída de Ricardo Teixeira abre um espaço grande no comando do futebol brasileiro.
E isso nada tem a ver com a contestada honestidade ou capacidade administrativa do ex-presidente da CBF.
Tem a ver com o modo como Teixeira montou seus alicerces políticos.
Não existe dentro do reino dos dirigentes de futebol uma oposição organizada.
Muito pelo contrário. Todos viviam dos favores do poder - como viagens com a seleção, dinheiro repassado pela CBF. Enfim, os nossos dirigentes viveram os últimos 20 anos correndo atrás de Ricardo Teixeira e atendendo a todos os seus desejos.
Nunca até começar o movimento de renúncia - que o próprio Ricardo lançou - houve alguma voz contra o presidente da CBF.
Todos sempre disseram amém. Apenas o clube dos 13, em raros momentos, e alguns dirigentes de clubes foram contra Teixeira. Mas foram questões menores e rapidamente contornadas.
O futebol brasileiro passou esses anos com o pires na mão a espera de algum favor ou gentileza.
Agora, Ricardo Teixeira sai e a tendência é que se inicie uma batalha pelo espólio pra lá de milionário da CBF.
De cara, aparecem 2 grupos:
Um deles comandando pelo Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista.
O outro vem com Rubens Lopes, do Rio, e o presidente da federação Gaúcha, Francisco Novelletto.
Ainda não há uma corrente dominante.
Há é uma sede enorme de poder desses dirigentes que passaram décadas a sombra do absolutismo de Ricardo Teixeira.
Seus ex-vassalos vão agora brigar pelo trono.
E, claro, essa disputa vai gerar muitos problemas e confusões para o futebol brasileiro.
Que poderiam ser evitadas se o processo de poder do futebol brasileiro transitasse em formas mais democráticas, algo que não acontecia antes de Ricardo Teixeira e muito menos depois.



sábado, 10 de março de 2012

Ouro e areia



Mauro Vinícius da Silva passou boa parte dos seus 25 anos num roteiro bem comum no Brasil.
Tentou a vida como jogador de futebol na escolhinha do São Paulo.
Fez a opção do trabalho em vez do esporte numa época.
É apreciador do samba que toca com certa desenvoltura no cavaquinho.
E assim iria o roteiro rotineiro de mais um brasileiro até que, por insistência da mãe, resolveu em 2006 fazer um teste numa equipe de atletismo de Presidente Prudente, interior de São Paulo.
O momento da virada nessa história.
Mauro Vinícius se tornou velocista; um ano depois iniciava no salto em distância, prova na qual disputou os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Foi o 26 colocado.
Nem alcançou o índice para os jogos Pan-americanos de Guadalajara, no ano passado.
Parecia que não iria além da promessa.
Aparências enganam. Mauro Vinícius não pisou em solo mexicano, mas quase na mesma época do PAN saltou 8,27m, décima marca de 2001 e ganhou a vaga para as Olimpíadas de Londres.
Hoje, foi mais longe.
Mauro Vinícius é o terceiro brasileiro da história a ser campeão mundial de atletismo.
Está ao lado de Fabiana Murer, campeã indoor e outdoor, e de Zéquinha Barbosa.
Mauro saltou 8,23 na final em pista coberta.
Fez 8,28 nas eliminatórias, melhor marca do ano.
Mauro Vinícius da Silva, o Duda, é o orgulho da mãe que sonhava com um atleta na família. E também de um Brasil que faz pouco e mesmo assim ainda é surpreendido por filhos talentosos.



sexta-feira, 9 de março de 2012

As razões que a paixão desconhece


Futebol é paixão.
Paixão e razão, claro, não dividem a mesma casa; não andam pela mesma rua; não frequentam os mesmos restaurantes.
Mas uma poderia aprender algo com a outra.
Afinal, a razão é fria, não emociona, não vibra.
Da mesma forma, a paixão exagerada pode tirar a cegueira pra passear e sem mais nem menos casar.
Sem qualquer anúncio ou programação.
E isso é exatamente o que acontece atualmente com parte da torcida do Flamengo.
Aquela que fez a maior festa para R10 há pouco mais de 1 ano, sente-se traída, abandonada por um jogador pouco produtivo e pouco participativo.
A mágoa não é imotivada. Ronaldinho deu muitos. Um carnê inteirinho de razões pra torcida do Flamengo estar chateada com ele.
Nesse momento, a razão pede a palavra e pergunta:
"...Mesmo assim, adianta xingar, vaiar espinafrar o jogador a cada momento em que toca na bola? Isso colabora com o desempenho do time?"
Essa cena se repetiu muito, ontem à noite, no Engenhão, na partida contra o Emelec.
Os motivos são válidos, sem discussão. Mas acredito que todos que estiveram lá queriam muito ver uma vitória do Flamengo. Então, o que adianta perseguir um dos jogadores do time?
É a cobrança exagerada, desmedida, apaixonada.
Se foi mal, vaia no intervalo, quando terminar o jogo, quando a bola parar.
Mas não ficar xingando o camarada a cada toque na bola. Seja o toque correto ou não.
A situação dividiu os torcedores no segundo tempo.
Parte vaiava o tempo todo. Parte aplaudia até quando R10 sorria.
Um para compensar o outro.
2 exageros. 
Ronaldinho está longe de ser o que a torcida espera e, olhando com os olhos da razão, não vai ser mesmo.
Também, pode e deve se apresentar melhor do que tem feito. E isso talvez ainda aplaque um pouco da raiva dos que se decepcionaram com o jogador.
Mas a torcida também precisa ver, na medida que a paixão permita, que a maior vitória de todos é a do time. 
Com ou sem Ronaldinho. Até porque, um título transforma qualquer mágoa em amor de novo.

Assim é a paixão.  

quinta-feira, 8 de março de 2012

Neymar The World


Babar nos gols de Neymar é chover num molhado que não carece!
Comparar Neymar a Messi é bobagem que ninguém merece.
Agora, sem rima - perdoem-me, poetas -  é impossível não ver um lado único do estiloso atacante santista.
O mundo ainda não consagrou Neymar, mas está de olho e bem de olho em tudo o que ele faz.
Os golaços contra o Internacional estão espalhados pela imprensa estrangeira:
El Pais - Espanha

Marca - Espanha

France Football - França

Os 3 botaram os feitos de Neymar na capa do site.
Num mundo globalizado, isso é normal... Ok
A Globalização, claro, ajuda, mas Neymar tem um brilho que ultrapassa as fronteiras do Brasil mais do que qualquer outro jogador brasileiro desses tempos modernos.
Não vamos falar de Pelé que a comparação não cabe, os tempos eram outros e Rei só tem um.
No mundo dos jogadores contemporâneos, Neymar consegue despertar os olhares do primeiro mundo europeu mesmo sem pisar por lá.

Joga no Santos e tem o seu gol escolhido pela Fifa como o mais bonito do ano.
Fica no Brasil, mas é capa de 3 sites muito importantes do jornalismo esportivo.
Seus gols merecem essa repercussão, mas outros brasileiros já fizeram feitos brilhantes em solo nacional sem a mesma divulgação internacional.
Neymar é especial pela bola que joga e pelo carisma.
Tanto que se tornou um dos modelos mais disputados do mercado publicitário.
Neymar é pop demais e o mundo percebeu.
E, diferente de todos os craques que o antecederam nesse mundo em que só brilham os que jogam na Europa,  Neymar é astro mesmo no Cruzeiro do Sul.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Lado A, Lado B de bom


O primeiro amistoso da seleção em 2012 não foi lá essas coisas.
O Brasil não jogou bem e o clima tb não ajudou muito. Jogar a 1grau não é das atividades mais agradáveis.  Muda até o toque na bola, fica mais complicado.
Mas a vitória de extremos do time de Mano Menezes - 1 gol aos 3 do primeiro tempo e outro aos 45 do segundo -  teve seu lado bom de observar.
Fica mais claro a cada roubada e antecipação que Thiago Silva não tem comparação na zaga. é um dos melhores defensores do mundo.
Ontem, o bósnio Dzeko, bom atacante, só conseguiu alguma coisa quando jogou do lado de David Luiz.
Thiago é absoluto e simples jogando. E de zagueiro central, mesmo sendo canhoto.
Enfim, bom de ver. Esse é certeza nas Olimpíadas numa das vagas para quem tem mais de 23 anos.
Sandro e Fernandinho na proteção à defesa tiveram uma atuação razoável. Elias entrou no segundo tempo no lugar de Sandro e fez a melhor partida dele em muito tempo.
Marcelo foi bem na lateral-esquerda. Fez gol e apareceu constantemente no ataque sem comprometer muito a parte defensiva que não é muito o seu forte
E o melhor de tudo: Ganso e Neymar nasceram um para o outro. Se entendem como poucas duplas e a entrada de Paulo Henrique no lugar do pouco ativo e criativo R10 deu uma nova dinâmica ao meio-campo do Brasil.
E assim Neymar apareceu mais. Mano reconheceu que a mudança fez  o estiloso atacante brasileiro,  que andava meio sumido em campo, subir de produção.
Quando o meio-campo do Brasil melhorar a movimentação e aumentar a velocidade, o jogo da seleção vai crescer.
E vai ser com Ganso no meio, laterais participativos e volantes que possam se apresentar na armação, como Fernandinho tentou em alguns lances da partida contra a Bosnia. Mas essa chegada precisa ser constante pra abrir e confundir a marcação adversária.
Quase todos jogam na retranca contra o Brasil.
Em maio e junho, serão outros 4 amistosos, com tempo para treinamento. A tendência é que a seleção se apresente melhor e faça uma boa pré-temporada antes dos jogos Olímpicos de Londres




sábado, 25 de fevereiro de 2012

Por que o Vasco é favorito


Vasco e Fluminense vão amanhã pra final da Taça Guanabara e não há muro que impeça uma observação: O time da Colina, renascido depois de anos de dificuldades, é o favorito.
Não está com mão, dedinho, dedão, ombro, no trofeu.
Mas está mais perto do que o Fluminense no caso específico do primeiro turno e, diria, do campeonato em relação a todos os outros.
E não é por uma questão de elenco ou tática ou sorte.
Tem a ver com espírito. Nenhum time do Rio joga com a disposição e o comprometimento que o Vasco tem demonstrado.
O clube atrasou salário, os jogadores disseram não à concentração e tudo funcionou em campo como se nenhum problema houvesse.
A estreia na Libertadores foi desastrosa (Nacional 2x1 em São Januário) e no jogo seguinte pelo estadual tudo já estava normal, sem abalos, sem crises, sem problemas.
E com certeza boa parte do crédito cabe a Juninho Pernambucano, o Reizinho da Colina. A liderança dele é inegável. É um exemplo de dedicação. Veterano, 37 anos completados janeiro, e joga com a disposição de um estreante. É claro que os músculos não colaboram tanto e ele, principal ídolo do time, deixa o campo ou fica no banco sem climas ou reclamações.
Tem ainda o marketing do salário mínimo que recebe mensalmente. Não é todo o vencimento dele já que há os prêmios e bonificações por desempenho, mas Juninho ainda dá o exemplo.
O ídolo humilde inspira os jovens e até outros veteranos que têm no Vasco um comportamento bem diferente do que demonstraram durante a carreira.
Felipe já foi chamado de chinelinho. Hoje, ajuda a comandar o time ao lado de Juninho, não reclama da reserva e quando entra mantem o bom nível do meio-campo vascaíno.
Diego Souza é a mesma questão. Não repete o perfil jogador problema de outros tempos. É o comandante do ataque vascaíno.
Favoritismo não é certeza. Só indício.
Então, nada está decidido, mas se eu tivesse que apostar num lado escolheria o Vasco 100% nos pontos e no comportamento.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O astro carne seca e o amigo lambão


Certas pessoas são predestinadas.
A vida as favorece de quase todas as formas.
Sempre cumprem aquela máxima de estar no local e hora certos.
Realmente, impressionam. Nada as abala e acabam salvas pelo gongo, como se diz.
Ronaldo Assis Moreira pode se considerar uma delas.
Seu talento, sua vida, seus títulos, o dinheiro que acumulou com seu trabalho.
Poucos são tão afortunados.
E Ronaldo ainda pode se orgulhar das companhias que tem.
São, realmente, especiais.
Aparecem no momento correto pra salvá-lo dos percalços.
Deivid de Souza é um desses.
Amigo para todas as horas. Não nega fogo.
Se preciso erra o alvo pra salvar o amigo.
Ronaldo deveria dar parte do seu salário a Deivid que fez o maior sacrifício que um atacante pode fazer.
Deivid perdeu o gol dos gols perdidos.
Assumiu com honras de estado o posto de vilão da semifinal entre Flamengo e Vasco.
E assim Ronaldo deixou o campo depois de uma péssima exibição discretamente.
Aliás, tão discretamente como se apresentou em campo. Ronaldo foi um arremedo de craque, o astro carne-seca que fica excelente escondidinho.
A torcida percebeu já há algum tempo que a dedicação de R10 não é aquela que deveria ser.
As reclamações não param, mas ele parece nem ligar.
Segue na rotina treino, balada, jogo, sem se exaltar ou perder o compasso.
Ontem, Deivid salvou a pele dele ao assumir o papel do vilão. Também depois do que fez não dava pra ser diferente.
Mas os ecos da insatisfação dos rubro-negros com Ronaldo seguem. E vai ter um dia em que o destino não arrumará um pobre diabo pra pagar o pato no lugar dele.
Então, se Ronaldinho quer evitar o papel de vilão, seria bom começar a se dedicar um pouco mais.




Dilema de rubro-negro


Um lance rápido, decisivo, inesperado, vai corroer os princípios que movem a torcida do Flamengo.
O rubro-negro, como todo o outro torcedor,  preza o talento. Mas no Flamengo, a raça, a entrega,  a dedicação podem transformar um jogador mediano num ídolo inesquecível.
A história do clube está repleta de casos assim:
Rondinelli, Nunes são exemplos de jogadores que, mesmo contemporâneos da geração mais brilhante da história do clube, ganharam um espaço importante no coração dos torcedores.
O Deivid tinha tudo pra conseguir uma vaga nesse grupo. Jogou sem receber, não reclamou,  sempre é um dos que mais correm dentro de campo. Foi artilheiro do time no ano passado.
Mas esse jeito único e quase inigualável de perder gol compromete tudo. O lance do jogo contra o Vasco é o momento mais bem acabado, com airbag, direção elétrica e outros acessórios, da mania que ele tem de construir erros incríveis.
Naquele memorável Flamengo 5x4 Santos do Brasileiro de 2011, foi assim. Deivid se salvou porque o Flamengo venceu.
Hoje, foi diferente. Deu Vasco. A Torcida rubro-negra quer carregar Deivid nos braços, perdoar tudo, cantar o nome dele bem alto no estádio. Mas ele precisa colaborar

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Clássico das Migalhas

O Campeonato carioca vai ter hoje uma prova de que os atuais calendário e formato do estadual são uma pá de cal em qualquer empatia com o público.  Uma visão rápida no ex-clássico dos milhões mostra que é grave a crise. O Engenhão não deve ter umas 15 mil pessoas pra ver Flamengo e Vasco, semifinal da Taça Guanabara.
E numa quarta-feira de cinzas, quando todos ainda estão de ressaca do carnaval.
Numa competição que tem médias ridículas de público.
Os 2 clássicos realizados até agora (Flamengo 0x0 Botafogo e Vasco 2x1 Fluminense) somaram um público total de 20.061 presentes.
Ou seja, o estádio tem capacidade de 45 mil e os 2 classicos não conseguiram atrair meio Engenhão.
o Engenhão ainda não é endereço do gosto do carioca, o carioca tem horários e datas difícéis de aturar (22h da quarta-feira), muitos clubes na disputa, o carnaval no meio pra distrair.
Flamengo e Potosi, por exemplo, teve público de 36 mil pessoas. Também era numa quarta e também começava às 22h. Mas valia muito pra torcida do Flamengo.
A estreia do Fluminense na fase de grupos levou 25 mil pessoas ao mesmo estádio. O jogo não era decisivo, mas a torcida sabe que Libertadores é importante.
O estadual do Rio já perdeu o charme;  essa história de rivalidade local vale quando o jogo também vale. E a torcida, feita de paixão, sabe que nem todo o amor do mundo vale a pena em certas partidas.
Os dirigentes precisam ver isso antes de montar uma tabela com 16 clubes, inúmeras rodadas, 2 turnos, semifinais e finais de cada turno, até se chegar aos 2 jogos decisivos.
Alegam que atendem à TV. É verdade. Montam a competição com o número de datas que interessa à emissora que transmite e ao payperview.
Mas as audiências de jogos assim também já não são as mesmas e a tendência tem sido de queda.
Os estaduais, em geral, vivem uma crise há muitos anos. Definham no excesso de jogos desinteressantes, no excesso de datas.
Podem até ser atraentes e bons para a torcida, mas precisam ser muito curtos.
Servem como torneio início da temporada. E tá de bom tamanho.!!!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Os ensaios e o balão


23 anos.
Nunca um dirigente ficou tanto tempo no comando do futebol brasileiro. Ricardo Terra Teixeira chegou à CBF em 89, ganhou 2 Copas, vários títulos, criou no mercado valor para a Seleção Brasileira e transformou o time canarinho em máquina de produzir dinheiro. Não é pouca coisa e não é pouco tempo. Muito pelo contrário. Ao mesmo tempo, Ricardo Teixeira sempre foi alvo de denúncias de mau uso do poder na CBF para angariar fundos em favor próprio.
O que dizer dos resultados da CPI do futebol/Nike?
A Sanud, empresa que teria recebido a propina da ISL, como divulgado pela BBC, estava lá no relatório.
Assim como outros negócios duvidosos e que incluíam empresas e contas bancárias em paraísos fiscais.
Hoje, Juca Kfouri divulga a história de que Sandro Rosell, presidente do Barcelona, parceiro de Ricardo, dono da Ailanto, teria depositado 3,8 milhões de reais na conta da filha de 11 anos de Teixeira.
Essa denúncia faria parte da investigação que a polícia do Distrito Federal promove sobre o amistoso realizado em 2008 entre Brasil e Portugal em Brasília. Suspeita-se de fraude e desvio de 8 milhões de reais em recursos que o governo pagou a Ailanto Marketing para a produção do jogo.
É certo que a presidente Dilma Roussef e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, estão doidos para ver Ricardo pegar o boné e sair de cena.
Nesta semana, notícias de que Ricardo Teixeira renunciaria ao comando da CBF e ao Comitê organizador da Copa 2014 surgiram. Ele estaria encurralado e não teria mais pra onde correr...
Ricardo não faz esse estilo. Mais fácil supor que o próprio começou a vazar as notícias do adeus para medir qual o grau de apoio que ainda mantem .
Qual parte da bancada da bola vai seguir fiel ao personagem que bancou viagens, distribuiu amistosos, entre outras benesses, para aliados com força no congresso.
Quantos prefeitos e governadores contemplados com sedes da Copa vão seguir ao lado do atual presidente do COL.
O Brasil tem 12 cidades na Copa e poderia fazer muito bem com 8. A Fifa queria 10 sedes e Ricardo Teixeira articulou pra que fossem 12.
Existe uma conta de apoio que ele pode e vai cobrar nesse momento de aperto.
Não é a primeira vez que Ricardo Teixeira faz algo do gênero. Essa tática do balão de ensaio, de testar a opinião pública, aliados e inimigos, não é nova
Mas Ricardo deve estar bem ciente que político brasileiro é como o comandante italiano Francesco Schettino.
Se a maré de denúncias subir mais, eles podem deixar Ricardo Teixeira afundar sozinho, capiche?


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

1x1 é bom! #ounão


Flamengo e Corinthians estrearam hoje na Libertadores
Jogos no exterior.
O mesmo resultado.
Mas sentimentos opostos.
O Corinthians arrancou o empate no fim, viu a desgraça de perto  e conseguiu se salvar no último segundo.
Sofreu um gol acidental do Deportivo Tachira e passou quase todo o jogo pressionando o adversário.
Insistência premiada.
O Flamengo deixou a vitória escapar. Vencia por 1x0, mas se encolheu. Escolheu defender apenas e num erro veio o empate.
Excesso de cuidado condenado.
Mas a torcida do Flamengo tem motivos para ver com bons olhos a atuação de hoje. A zaga de filme de terror formada por Wellinton e David Braz  economizou nos sustos. Teve a solada transloucada de Wellinton dentro da área no primeiro tempo, mas lances assim foram exceção.
Estiveram seguros, não falharam muito no jogo aéreo. Positivo
Airton foi um dos melhores em campo. Na marcação, muitas roubadas, poucas faltas. Williams também não foi mal. Dá pra perceber que Joel Santana começa a acertar a parte defensiva.
O problema principal do time é armar jogadas ofensivas. Ronaldinho Gaúcho segue em sua campanha para Vaga-lume do ano. E, ultimamente, apaga mais do que acende.
Renato que hoje foi bem na marcação, erra passes demais.
A armação das jogadas acaba quase toda nas costas de Leonardo Moura, autor do gol, melhor em campo.
Leo está em ótima fase. Os mais críticos dizem que ele é jogador pré-temporada. Começa o ano voando e depois se apaga.

Vamos ver se o lateral do Flamengo vai dar um drible nesses críticos e brilhar o ano inteiro.
Tudo posto, dá pra dizer que a primeira impressão não é a que fica.
O modo como o jogo se realizou deixou um ar de decepção que não acho que seja a mais correta.
O Flamengo precisa jogar bem mais pra se dar bem na Libertadores, mas já melhorou em relação ao que apresentava antes em campo.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A base de Mano e as Seleções Brasileiras


Um microfone aberto, um bom dia, uma bateria de perguntas e assim começou  o ano de 2012 para Mano Menezes. Ele não estava propriamente confortável diante dos jornalistas, como em outras oportunidades. Pareceu sentir a pressão de estar a 2 anos da Copa no Brasil, em ano de Olimpíadas e com um número grande de problemas para resolver.
Mano chamou 23 jogadores para o amistoso contra a Bósnia, dia 28, em Saint Gallen, pequena cidade suíça a 80km de Zurique.  Deixou claro que começou a fase de eliminar as experiências e trabalhar mais a base que já formou. Alguns podem não concordar, mas ela existe:
Júlio César
Daniel Alves
Thiago Silva
David Luiz
Ganso
Neymar
Damião
Esses são 7 titulares da seleção principal, 3 deles com idade olímpica.  Mano começa a acreditar mais em Marcelo para a lateral-esquerda.  Assim como Hernanes parece recuperar o espaço perdido depois da lambança no amistoso contra a França.
Se Marcelo se firmar, vai sobrar para Mano montar o meio-campo com 2 volantes, um deles com alguma capacidade de armar o jogo.  Elias é um nome que agrada muito ao treinador.  Tanto que insiste na convocação de um atleta que não se firmou na Europa. Foi mal no Atlético de Madri e não é titular do Sporting..
Mano ainda tem o seu goleiro de confiança, Jefferson, do Botafogo, que vai disputar essa vaga com Júlio César.
O técnico mostrou ainda que aposta em Ronaldinho Gaúcho para reserva de Ganso. Se irritou com perguntas sobre a ausência de Kaká e deixou a impressão de que o merengue e o rubro-negro que não vivem boa fase disputam uma vaga no time principal. Aliás, perguntas sobre a ausência de Kaká,  que tenta um retorno no Real Madrid, foram as que mais irritaram o treinador.
 Ganso é o camisa 10 dele, mas é preciso saber se o físico do santista vai colaborar.
Sobre os olímpicos,  8 convocados tem idade inferior a 23 anos.
Neymar, Leandro Damião,  Ganso e Lucas fazem parte de qualquer seleção formada no Brasil hoje . Sandro terá a chance de assumir de vez uma vaga de titular no meio-campo. Assim como Danilo na lateral-direita. Mano chamou ainda o lateral-esquerdo Alex Sandro e o goleiro Rafael.
E falou sobre uma experiência que pode ser levada para Londres. Convocou o lateral Adriano, do Barcelona, que joga tanto na esquerda como na direita e seria  uma solução no grupo olímpico que só permite 18 jogadores.
Em Maio e junho, o Brasil fará outros 4 amistosos e Mano promete deixar mais claro quais serao os jogadores de Londres. Essa base também já começa a ficar visível. Principalmente, se levarmos em conta que Mano vai convocar os 3 jogadores acima de 23 anos que o regulamento permite.
É certo que um deles será para a zaga e que o favorito é Thiago Silva
Um goleiro seria o segundo e se Adriano for bem, o terceiro seria o lateral.
As primeiras cartas já estão sobre a mesa. Vamos esperar pelos próximos lances do treinador.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Ouro que nasce na Bósnia


O futebol brasileiro começa, amanhã, a definir qual será a sua cara olímpica, em Londres. Mano Menezes vai fazer a primeira convocação do ano. O amistoso é contra a Bósnia, dia 28, numa pequena cidade próxima a Zurique. A Seleção vai com o carimbo de principal, preparação para a Copa do Mundo, mas com certeza esse e os outros 4 jogos do primeiro semestre serão fundamentais na formação do time que vai disputar as Olimpíadas.
As convocações de Mano, desde o início do trabalho, trazem uma série de jogadores com idade até 23 anos.
Vejam essa lista só com atletas chamados no ano passado e que podem estar na lista de 18 que vão para os jogos Oímpicos:

- Danilo (lateral-direito) - ex-Santos, hoje no Porto-POR.
- Fábio (lateral-direito) - Manchester United-ING
- Sandro (volante) - Tottenham
- Casemiro (volante) - São Paulo
- Rômulo (volante) - Vasco
- Paulo Henrique Ganso (meia) - Santos
- Oscar (meia) - Internacional
- Lucas (atacante) - São Paulo
Neymar (atacante) - Santos
Alexandre Pato (atacante) – Milan
Leandro Damião (atacante) - Internacional
- André (atacante) - Atlético-MG





Na lista, não há goleiros, zagueiros e laterais-esquerdos. É quase certo que sejam essas as posições reservadas para os 3 atletas com mais de 23 anos e que serão chamados para as Olimpíadas.
Mano vai levar um goleiro sub-23, mas, provavelmente, vai ter outro mais experiente para assumir a camisa 1. Jefferson é o mais cotado e ainda seria uma grande chance de testar o goleiro num evento importante, mas ainda longe da Copa do Mundo
Thiago Silva tem grandes chances de ser o xerife que vai comandar a zaga olímpica do Brasil.
O caso mais grave é o da lateral-esquerda. Essa posição não tem um titular nem na seleção principal. 6 jogadores (Alex Sandro, Cortês, Kleber, Adriano, Marcelo e André Santos) foram testados no ano passado. Deles, apenas Alex  Sandro será sub-23 em Londres. 
A opção por um lateral esquerdo acima de 23 anos vai impedir Mano de convocar alguém experiente para comandar o meio-campo da seleção olímpica. 
Amanhã, a lista de 22 para o jogo contra a Bósnia começará a jogar luz nessa questão

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dinheiro e felicidade


Uma pesquisa acaba de apontar novamente o Real Madird como clube mais rico do mundo. É a sétima vez seguida que os merengues espanhóis aparecem como os mais endinheirados do planeta futebol. 480 milhões de euros em receitas na temporada 2010/2011.
Uma grana gasta com fúria pelos dirigentes do clube.
Na lista das 5 maiores transferências da história, o Real Madrid aparece com quatro contratações, inclusive, a maior de todas. Christiano Ronaldo custou 94 milhões de euros em 2009.
Mas esse poderio econômico não se reflete em conquistas.
Nos 7 anos que o Real domina esse estudo dos mais ricos, os títulos são escassos:
2 ligas espanholas, 1 Supercopa espanhola e 1 Copa do Rey.
Nenhuma Champions. aliás, nem à final conseguiu chegar.
O clube dos galácticos parece se dividir. Trafega numa órbita no campo econômico e em outra no campo esportivo. Gasta muito e parece não gastar bem.
O Barcelona, segundo mais rico no mesmo estudo, gasta com contratações, mas bem menos do que o rival. Produz atletas: Xavi, Iniesta, Messi. Ganha dinheiro com o que produz em casa.
E vence: No mesmo período em que o Real  reina no campo financeiro, o Barcelona foi 2 vezes campeão do mundo, ganhou 3 champions, 5 ligas espanholas, 5 supercopas da Espanha, 2 Supercopas da Europa e até uma Copa do Rey.
Claro que a comparação com o Barcelona é cruel para ricos e pobres do futebol. Uma equipe assim é algo que acontece muito esporadicamente.
Mas os clubes deveriam refletir sobre o modo como gastam o dinheiro que arrecadam ou mesmo o dinheiro que patrocinadores resolvem investir.
Vejam o caso do Fluminense.
Desde 99 com a saúde financeira bancada pela Unimed, o tricolor ganhou títulos: 1 brasileiro, 1 Copa do Brasil, 2 estaduais.
Teve Fred, Deco, Conca, Romário, Edmundo, Roger, Washington, etc...
Será que parte desse dinheiro não poderia ter sido gasto em melhorias na formação de atletas?
Será que não renderia mais para o clube?
E  o Flamengo que contratou Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Alex Silva no ano passado?  Ganhou o estadual e a repescagem na Libertadores. Os 3 jogadores custaram aproximadamente 2 milhões de reais por mês e renderam mais confusão do que conquistas.
Os clubes, muitas vezes, gastam sem planejamento. No caso do poderoso Real Madrid, o retorno em dinheiro é quase certo.
Mas com os primos pobres do Brasil a conta é bem mais difícil de pagar.