segunda-feira, 12 de março de 2012

A guerra pelo trono


Alguns já começaram:
Ruim com ele, pior sem...
A saída de Ricardo Teixeira abre um espaço grande no comando do futebol brasileiro.
E isso nada tem a ver com a contestada honestidade ou capacidade administrativa do ex-presidente da CBF.
Tem a ver com o modo como Teixeira montou seus alicerces políticos.
Não existe dentro do reino dos dirigentes de futebol uma oposição organizada.
Muito pelo contrário. Todos viviam dos favores do poder - como viagens com a seleção, dinheiro repassado pela CBF. Enfim, os nossos dirigentes viveram os últimos 20 anos correndo atrás de Ricardo Teixeira e atendendo a todos os seus desejos.
Nunca até começar o movimento de renúncia - que o próprio Ricardo lançou - houve alguma voz contra o presidente da CBF.
Todos sempre disseram amém. Apenas o clube dos 13, em raros momentos, e alguns dirigentes de clubes foram contra Teixeira. Mas foram questões menores e rapidamente contornadas.
O futebol brasileiro passou esses anos com o pires na mão a espera de algum favor ou gentileza.
Agora, Ricardo Teixeira sai e a tendência é que se inicie uma batalha pelo espólio pra lá de milionário da CBF.
De cara, aparecem 2 grupos:
Um deles comandando pelo Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista.
O outro vem com Rubens Lopes, do Rio, e o presidente da federação Gaúcha, Francisco Novelletto.
Ainda não há uma corrente dominante.
Há é uma sede enorme de poder desses dirigentes que passaram décadas a sombra do absolutismo de Ricardo Teixeira.
Seus ex-vassalos vão agora brigar pelo trono.
E, claro, essa disputa vai gerar muitos problemas e confusões para o futebol brasileiro.
Que poderiam ser evitadas se o processo de poder do futebol brasileiro transitasse em formas mais democráticas, algo que não acontecia antes de Ricardo Teixeira e muito menos depois.



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