segunda-feira, 12 de março de 2012

Rugido perigoso


O técnico Emerson Leão nutre uma forma bem peculiar de se relacionar com os astros dos times que dirige. Especialmente, quando são jovens.
Leão gosta de cutucar o craque com o rugido da cobrança pública.
Lucas prova, agora, o que outros já vivenciaram.
É acusado de ser excessivamente individualista.
É acusado de prender a bola demais.
É acusado de errar quando dribla e errar quando não dribla.
De acordo com as últimas declarações de Leão, Lucas erra e pronto.
E Lucas responde, pelo twitter, que não sabe mais o que fazer.
O empresário diz que Leão tem que se acostumar a dirigir Ferrari.
Enfim, o mau estar se formou e Leão é experiente na construção desse tipo de situação.
Desde os anos 80, quando fez tantas críticas que Neto trocou Palmeiras por Corinthians.
Robinho, um dos personagens principais da melhor fase da carreira de Leão, foi acusado pelo treinador de não se cuidar fisicamente durante a Libertadores de 2003.
No Corinthians, em 2006, Leão afirmou que não gostava de argentinos, quando os astros do timão eram Tevez e Mascherano.
Exemplos de problemas são muitos.
Leão é o técnico com mais tempo de estrada, considerando os principais clubes do país. Começou em 1986. Já são 25 anos de carreira, com muitas chances em grandes times e resultados bem modestos. Leão ganhou pouco, rugiu muito.
Na seleção, teve resultados pífios e acabou demitido depois do fracasso na Copa das Confederações de 2001.
Leão gosta de falar, reclamar, expor atletas.
Para os jornalistas é gerador de notícias.
Mas sua personalidade, com certeza, não é muito bem recebida nos corredores por onde passam jogadores.
Os dirigentes deveriam levar esse jeito dele em consideração antes de contratá-lo. Afinal, se Lucas repetir o que fez Neto, o São Paulo vai ficar sem seu craque e aí Leão poderá rugir no deserto a vontade.
E nem adianta alegar multa alta e outras armas. Jogador quando quer sair e tem proposta, é quase impossível segurar.



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