segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Ouro por trás da Medalha

A prioridade do futebol brasileiro neste ano será a conquista da primeira medalha de ouro olímpica da história. Essa afirmação parte da própria CBF. A Confederação quer ver a seleção brasileira, finalmente, ganhar o único título importante que ainda não conquistou.  O interesse que, nem sempre foi tão grande assim, tem os seus motivos e merece uma análise.
O futebol brasileiro está longe de viver um grande momento. Tem colecionado decepções e derrotas para as principais seleções do mundo. Mas tudo que acontece de bom tem saído dos pés dos novatos, jogadores dentro da faixa etária olímpica sub-23.
Temos aí Lucas, Casemiro, Philipe Coutinho, Oscar, Danilo e, claro Neymar. Todos talentosos e com boa experiência no futebol profissional, coisa que os rivais europeus não tem. A Espanha ganhou o europeu sub-21, clasificatório para Londres, e o destaque foi Thiago, filho de Mazinho, e que começa a frequentar o time titular do Barcelona. Na América do Sul, o Uruguai ficou com a outra vaga olímpica, mas perdeu para o Brasil por 6x0 no Sul-americano do ano passado. Sem falar que a Argentina, ouro em 2004 e 2008, terra de Messi, tá fora.
Claro que há os africanos, aliás, nosso calo olímpico. A Nigéria bateu um time com Bebeto, Rivaldo, Ronaldo Fenômeno em 1996. Camarões, com menos 2 em campo, mandou pra casa Ronaldinho Gaúcho, Alex, Roger em 2000. Os países da África vivem a mesma questão que o Brasil. Como são fortes na exportação de atletas, os garotos sobem muito cedo para os times profissionais e até para o exterior.
Mas no último mundial sub-20, nenhum país do continente foi além das quartas-de-final.
O cenário é promissor. A questão é saber se Mano Menezes conseguirá fazer esse elenco de bons atletas jogar como campeão. Por enquanto, a passagem dele pela Seleção brasileira tem sido muito ruim. Já convocou 82 jogadores, passou vexame na Copa América e perdeu todos os jogos contra rivais tradicionais.
Se o ouro vier, Mano ganhará a tranquilidade necessária para trabalhar nos últimos 2 anos antes da Copa do Mundo do Brasil. Se perder, a pressão tende a ficar insuportável. Até por isso, a CBF sabe que a hora é agora e Londres 2012 é o momento perfeito para virar um jogo que por enquanto tem sido de derrotas no campo e problemas na organização do mundial










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