quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A bola gira, mas falta grana

O maravilhoso mundo do futebol europeu já percebeu que a crise do continente não vai deixar o esporte fora de campo.
Os problemas financeiros enfrentados na zona do Euro afetam também os principais clubes. Um relatório  da Uefa, União europeia de futebool, divulgado ontem, mostra que as perdas dos clubes europeus no ano fiscal de 2010 cresceram  36% em relação ao ano anterior e chegaram à bagatela de  1,6 bilhão.
O documento analisou o desempenho financeiro dos 650 clubes de primeira divisão das 53 federações filiadas à Uefa.
Nesse levantamento, a causa principal para esse crescimento exagerado dos prejuízos tem a ver com o baixo fluxo de dinheiro no mercado de transferência de jogadores.
É, os europeus também usam seus talentos para fechar o caixa e a atual janela tem dado provas de que a movimentação não é das melhores. Poucas mudanças, principalmente, entre clubes do velho continente.
Tevez, por exemplo, não é bem quisto no Manchester City, mas até agora o destino dele não foi definido.
O Milan quer um acerto até sexta, mas a pendência está exatamente em o que se vai desembolsar pela transferência. Os italianos querem o atacante por empréstimo para depois decidir pela compra dos direitos federativos. Os ingleses não gostam dessa proposta.
A preocupação com a saúde financeira dos clubes europeus não é novidade. Varias ligas nacionais e a própria Uefa cobram ajustes nos orçamentos das equipes para que possam participar de competições. E, mesmo assim, a situação não é das melhores.
A Uefa, agora, prepara regras mais rígidas para conter a sanha de dirigentes que gastam sem a devida contrapartida de receita. O novo regulamento entrará em vigor na temporada 2013/2014. Se já estivesse valendo, pelo menos 13 clubes tradicionais teriam sérios problemas para participar da Champions.
A Europa, um mercado desenvolvido do futebol, faz seu caminho para acertar as contas.
O Brasil deveria olhar esse movimento com todo o carinho. Os clubes brasileiros vivem um cenário de contratações importantes, gastos elevados, motivado pelo novo contrato de direitos de TV do campeonato brasileiro. Mas como em outros momentos, o dinheiro entra e sai com muita facilidade e os clubes terminam cheios de dívidas e com antecipações de receitas.
Um regulamento que obrigasse os dirigentes a agir com mais responsabilidade seria muito bem vindo.

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